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Como figurinista sempre estou em busca de matérias primas diversas, minha atenção é voltada para pesquisa de materiais que possam dar suporte às minhas criações. Este olhar trouxe para perto a curiosidade de saber mais sobre a Plástico Bolha Store que pensou em transformar o plástico bolha em utilitários variados. O que mais me chamou atenção a princípio foram as cores vibrantes que desconhecia neste material, só conhecia o transparente. De encontro a esta descoberta, veio o o projeto de cenário e figurino para Deadline onde a nossa diretora chegou com o desejo de infláveis, de plástico, de transparência, então imediatamente me veio a idéia de experimentar fazer figurinos de plástico bolha! As duas personagens estão desconfortáveis neste mundo, elas estão neste invólucro onde seu fim é proteger e evitar danos, reduzir impacto direto de materiais frágeis! A fragilidade diante da vida, a busca por um lugar seguro tem tudo a ver com este material, neste contexto que buscávamos. Quanta beleza surgiu em cores, em textura, em forma. Foi um encontro perfeito,  alcançado com o risco inevitável, mas absolutamente consciente e de encontro com o idealizado. Para minha felicidade, todas as partes envolvidas disseram sim! Hoje vendo o resultado entendi o quanto a ousadia nos impulsiona e nos faz acreditar que basta somar as forças criativas de todas as partes com uma idéia para que tudo se torne possível! Anne Cerutti

a parceria com a Plástico Bolha Store foi um grande passo na produção do espetáculo paulista Deadline

Com texto de Priscila Gontijo e direção de Fernanda D’Umbra, essa peça, contemplada pelo 6. Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo, partiu do plástico bolha para embalar suas personagens.

Quando soubemos que existia um lugar onde poderíamos esculpir nossos figurinos com plástico bolha colorido e de diferentes gramaturas, quase enlouquecemos.
A figurinista Anne Cerutti nos trouxe as imagens do site da Plástico Bolha Store. A produtora Nicole Cordery entrou em contato com o Daniel Wenna, super solícito desde o primeiro telefonema.

O próximo passo foi a visita a fábrica no Rio de Janeiro feita por nossa diretora Fernanda D’Umbra e pela figurinista Anne Cerutti. As duas retornaram a São Paulo em êxtase. Sim, era possível termos nossos personagens vestindo plástico bolha. E não só isso. Os tapa-olhos seriam de plástico bolha, as toucas e os propés do laboratório ginecológico seriam de plástico bolha, o Girassol, signo importante na peça, seria de plástico bolha, todos os ternos seriam de plástico bolha.

Daniel Wenna e sua equipe pararam a produção usual da fábrica para esculpir nossas demandas. Tivemos a emoção de na semana anterior a estreia vivermos a greve dos caminhoneiros, e com isso, não termos os serviços de transporte intermunicipal de Sedex, Fedex ou DHL. Apelamos aos amigos via Facebook e mais uma vez, Daniel super gentil levou todos os nossos figurinos até a portaria de uma amiga produtora que conseguiu viabilizar a vinda do material.

Resultado: em todas as análises críticas que saíram até o momento os figurinos são citados, para nossa alegria. Essa colaboração deu mais que certo e nos enche de alegria a cada noite em que fazemos Deadline!  Nicole Cordery (Atriz e produtora da peça Deadline)

Fotos: Vitor Vieira.

Booolhas com WoooW Experience na Peça Deadline

descrição completa

Com direção de Fernanda D’Umbra e elenco formado por Maria Fanchin, Nicole Cordery e Eduardo Guimarães, espetáculo fica em cartaz de 11 de junho a 25 de julho, no teatro anexo ao espaço.
Ao lançar um olhar subversivo e transgressor sobre a sociedade brasileira, Deadline, de Priscila Gontijo, revela o encontro de duas mulheres que aguardam na sala de exames ginecológicos. Dirigida por Fernanda D’Umbra, a peça estreia no Teatro Anexo à Oficina Cultural Oswald de Andrade, no dia 11 de junho, com sessões de segunda a quarta-feira, sempre às 20h.
Aos quarenta anos, duas mulheres desenvolvem uma estranha amizade quando tentam se adaptar a um mundo hostil tomado por contratos, prazos e padrões de comportamento implacáveis. A atriz Guta (Maria Fanchin), em pleno desastre profissional, amoroso e familiar vai morar com a roteirista Nicky (Nicole Cordery), que também passa por um desastre de proporções idênticas. Sem solução para suas vidas elas tentam se adaptar ao que chamamos de “vida normal”.

“O que temos ali é um mundo barbarizado pela burocracia. As personagens têm duas opções: se perder ou se adaptar. Não há meio termo. Elas estão à deriva em um oceano de situações constrangedoras. No texto, peço atenção aos substantivos hiper-adjetivados, coisas que, em sua descrição, já criam situações. Por exemplo, ao qualificar o gerente do banco a partir dos adjetivos que conheço, eu me coloco em uma situação específica, cheia de códigos malucos de uma sociedade patológica, mas que são percebidos pela plateia. E a vida dentro dessa linguagem é engraçada e melancólica ao mesmo tempo. Enfim, uma lupa estranha sobre o que existe”, comenta a diretora.
Dominadas pela burocracia, dívidas financeiras e relacionamentos que se desfazem, as duas tentam emergir dos escombros. Em meio a tentativa de sobrevivência, elas lidam com a figura masculina nas suas mais diversas formas: homem/patrão/namorado/gerente, todos vividos pelo ator Eduardo Guimarães.

A cenografia e o figurino da peça são confeccionados em plástico. “É um material belíssimo, mas bem controverso, porque é quente, porque é errado, porque faz barulho. No figurino, usamos plástico bolha como matéria-prima para a confecção de vestidos, cardigans, casacos, roupas de exame clínico e objetos diversos. Tudo de plástico bolha de alta densidade e em cores diversas (laranja, amarelo, preto). Estamos a construir um cenário de cubos infláveis transparentes. Não é fácil, é uma briga boa, mas acho que vamos conseguir. A iluminação atravessa as transparências do cenário e do figurino e em alguns casos cria monstros corporativos que assombram as personagens”, explica a encenadora.

sobre Fernanda D’Umbra

Formada pela EAD-USP (Escola de Arte Dramática da USP), a atriz, diretora, cantora e roteirista Fernanda D’Umbra atuou em dezenas de espetáculos de grupos como Os Satyros, Parlapatões, Cemitério de Automóveis e La Mínima. Ganhou o Prêmio Qualidade Brasil de melhor atriz, em 2005, pela atuação em “As Mulheres da Minha Vida”, com direção de Daniel Filho. Ainda nos palcos, assinou as direções de peças como “Homens, Santos e Desertores”, de Mário Bortolotto; “Meninas da Loja”, de Caco Galhardo; “Roxo”, de Jon Fosse; “Syngue Sabour”, de Atiq Rahimi. Em 2017 a convite do Centro Cultural São Paulo reabriu o Espaço Cênico Ademar Guerra com a direção de “Pequenas Certezas”, de Barbara Colio.

No cinema, D’Umbra atuou nos filmes “Boleiros 2” (2006), de Ugo Giorgetti; “Confia em Mim” (2014), de Michel Tikhomiroff; e “Meu Mundo em Perigo” (2010) e “O Gorila” (2015), ambos de José Eduardo Belmonte. Na televisão, foi protagonista do seriado “Mothern” (2013, GNT) e escreveu os seriados “Descolados” (2009, MTV) e “Agora Sim!” (2017, Sony).

É vocalista da banda Fábrica de Animais, que lançou dois álbuns pelo selo Baratos Afins.

sobre Priscila Gontijo

Carioca radicada em São Paulo, a dramaturga, roteirista e pesquisadora Priscila Gontijo formou-se em Letras e atualmente é mestranda em Literatura e Crítica Literária na PUC/SP. Em 2000, integra o Círculo de Dramaturgia do CPT – Centro de Pesquisa Teatral, coordenado por Antunes Filho.

É também fundadora da Companhia da Mentira, onde começou a encenar seus próprios textos. O primeiro deles, “Soslaio” ganhou o Prêmio Myriam Muniz da Funarte em 2007, e estreou no Sesc Paulista no mesmo ano. O segundo trabalho, “Os Visitantes”, foi é vencedor do FATE (Fundo de Apoio ao Teatro do Rio de Janeiro) em 2009, e cumpriu temporada no teatro Gláucio Gil/RJ.

Desde então, ela já escreveu vários outros textos teatrais, com destaque para “Antes do Sono” (2010), “C+A+T+R+A+C+A” (2014), “Uma noite sem o aspirador de pó” (2014), “A Vida Dela” (2016) e “Funambul@s” (2018). Ela também escreveu o roteiro do telefilme “Irina” (2012), exibido pela TV Cultura, e os livros “Peixe Cego” (ed. 7 Letras), finalista do Prêmio Sesc de Literatura 2016, e “Antes da Insânia” (2016), selecionado em primeiro lugar no projeto Tutoria CAE da Casa das Rosas.

sinopse

Duas mulheres na faixa dos 40 anos – uma atriz e uma roteirista – estão na cabine que antecede o exame ginecológico vestidas de avental e propés. Guta vive uma crise afetiva, e Nicky uma crise profissional. Ao escutar a conversa telefônica da vizinha da cabine ao lado, as duas mulheres se aproximam. A partir daí vemos suas tentativas para se inserir em um mundo onde a burocracia dá as cartas, as dívidas se amontoam, os relacionamentos se desfazem em mensagens de áudios ou no mais absoluto silêncio.

serviço

Deadline, de Priscila Gontijo

Gênero: Humor Sombrio

Oficina Cultural Oswald de Andrade – Teatro Anexo – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro

Temporada: de 11 de junho a 25 de julho, às segundas, terças e quartas-feiras, às 20h.

Não haverá apresentação no dia 17 de junho.
Dia 9 de julho a apresentação será às 18h.

Gênero: Humor Sombrio

Ingressos: Grátis, distribuídos uma hora antes de cada sessão
Duração: 70min
Classificação: livre
Capacidade: 40 lugares

Fotos:  Vitor Vieira
Fonte: Blog Nice que disse!

ficha técnica

Texto: Priscila Gontijo
Direção: Fernanda D’Umbra7
Elenco: Eduardo Guimarães, Maria Fanchin e Nicole Cordery
Cenários e Figurinos: Anne Cerrutti
Iluminação: Hernandes de Oliveira
Trilha Sonora Original: Conrado Goys
Direção de movimento: Vitor Vieira
Assistente de direção: Mariana Leme
Programação visual: Pablito Kucarz
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produção: Maria Fanchin e Nicole Cordery

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